Há muitos anos, as pessoas se expressavam por meio de diários, nos quais escreviam suas opiniões e tudo o mais que achassem relevante. Hoje, dizer o que se pensa pode se encaixar muito bem nos blogs, mídia que caiu no gosto dos brasileiros. Apenas em junho, 85,2% da população conectada acessou essas mídias, gastando, em média, 32,5 minutos no mês.
Os números fazem parte da pesquisa feita pela comScore Media Metrix com internautas acima dos 15 anos e divulgada em setembro. O índice brasileiro superou o da América Latina, onde quase 75% dos internautas acessaram blogs com uma média de 22,7 minutos.
O volume de visitas pode ser explicado porque o formato incentiva a liberdade de expressão, além de acrescentar informações ao que foi divulgado na grande mídia - ou que não tenha sido registrado por ela.
O pesquisador de cibercultura Alex Primo, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), acredita que a tecnologia possibilita novas visões e crítica livre sobre diversos temas. "Tem muita ‘porcaria’ na internet, mas é melhor do que ter a ‘voz’ limitada a poucas empresas", diz.
Segundo ele, os blogs exercem importante função social, uma vez que são voltados a todos os usuários. "Um blog não pode ser entendido como jornal, TV. Ele é para a comunidade. Todo mundo pode gerar conteúdo", diz.
A possibilidade de cada um produzir informação também interessa aos brasileiros, segundo Primo. A estudante Gabriela Barbosa Pacheco, 21, por exemplo, criou seu primeiro blog em 2002 e, desde então, "não parou mais". Além de autora do "Teoria Criativa" (teoriacriativa.wordpress.com) - em que compartilha temas, como moda, design, música, livros, filmes e compras -, a jovem acessa cerca de 20 blogs diariamente. Dependendo do tema que pesquisa, esse número chega a 30. "Prefiro procurar os que trazem alguma novidade, curiosidade interessante que vale a pena ser partilhada", conta.
Para ganhar atenção do público, o blog precisa ser inovador, aconselha o jornalista Breiller Pires, 25. Em 2006, ele criou o "Rola Blog" (www.rolablog.com.br), sobre esportes, que se tornou referência. "Eram pouquíssimos naquela época", diz.
A ideia bem-sucedida virou negócio e Breiller foi convidado por uma empresa para criar um blog sobre competição esportiva da instituição. "Além de ser um lazer, o blog pode ser uma oportunidade de carreira e negócio", diz, ressaltando que é preciso levar a sério. "Tenho ideias para reativar meu blog, mas não vou poder me dedicar como ele merece", conta. Para Breiller, até mesmo quem não está familiarizado com as ferramentas aprende a criar um blog, pois os sites oferecem sistemas "fáceis de mexer".
Enquanto se mantinha inovador, Breiller tinha visibilidade, "um dos valores mais caros na rede", diz a pesquisadora de mídias digitais Beatriz Bretas, professora aposentada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Isso depende de como as pessoas são reconhecidas. Às vezes, com visibilidade, o blog até vira uma ‘instituição’, um formador de opinião", afirma.
Os números fazem parte da pesquisa feita pela comScore Media Metrix com internautas acima dos 15 anos e divulgada em setembro. O índice brasileiro superou o da América Latina, onde quase 75% dos internautas acessaram blogs com uma média de 22,7 minutos.
O volume de visitas pode ser explicado porque o formato incentiva a liberdade de expressão, além de acrescentar informações ao que foi divulgado na grande mídia - ou que não tenha sido registrado por ela.
O pesquisador de cibercultura Alex Primo, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), acredita que a tecnologia possibilita novas visões e crítica livre sobre diversos temas. "Tem muita ‘porcaria’ na internet, mas é melhor do que ter a ‘voz’ limitada a poucas empresas", diz.
Segundo ele, os blogs exercem importante função social, uma vez que são voltados a todos os usuários. "Um blog não pode ser entendido como jornal, TV. Ele é para a comunidade. Todo mundo pode gerar conteúdo", diz.
A possibilidade de cada um produzir informação também interessa aos brasileiros, segundo Primo. A estudante Gabriela Barbosa Pacheco, 21, por exemplo, criou seu primeiro blog em 2002 e, desde então, "não parou mais". Além de autora do "Teoria Criativa" (teoriacriativa.wordpress.com) - em que compartilha temas, como moda, design, música, livros, filmes e compras -, a jovem acessa cerca de 20 blogs diariamente. Dependendo do tema que pesquisa, esse número chega a 30. "Prefiro procurar os que trazem alguma novidade, curiosidade interessante que vale a pena ser partilhada", conta.
Para ganhar atenção do público, o blog precisa ser inovador, aconselha o jornalista Breiller Pires, 25. Em 2006, ele criou o "Rola Blog" (www.rolablog.com.br), sobre esportes, que se tornou referência. "Eram pouquíssimos naquela época", diz.
A ideia bem-sucedida virou negócio e Breiller foi convidado por uma empresa para criar um blog sobre competição esportiva da instituição. "Além de ser um lazer, o blog pode ser uma oportunidade de carreira e negócio", diz, ressaltando que é preciso levar a sério. "Tenho ideias para reativar meu blog, mas não vou poder me dedicar como ele merece", conta. Para Breiller, até mesmo quem não está familiarizado com as ferramentas aprende a criar um blog, pois os sites oferecem sistemas "fáceis de mexer".
Enquanto se mantinha inovador, Breiller tinha visibilidade, "um dos valores mais caros na rede", diz a pesquisadora de mídias digitais Beatriz Bretas, professora aposentada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Isso depende de como as pessoas são reconhecidas. Às vezes, com visibilidade, o blog até vira uma ‘instituição’, um formador de opinião", afirma.
Fonte: Blog da Renata
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